domingo, 1 de agosto de 2010

Região Sul é a que menos investe em cultura

Pesquisa do IBGE retrata mercado cultural do país

Na contramão do crescimento das atividades ligadas à cultura em todo o país, a Região Sul do Brasil assumiu, neste período, a lanterninha na quantidade de investimentos públicos no setor. O péssimo resultado foi obtido graças à queda de investimentos do Rio Grande do Sul.

Uma pesquisa do IBGE traçou o diagnóstico do mercado da cultura no país onde a Região Sul foi superada pela Centro-Oeste na participação no total de investimentos em cultura no país. Somados, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina gastaram R$ 110 milhões, representando apenas 9,8% do bolo nacional, enquanto que os gastos da região Centro-Oeste representaram 11,8%. As três primeiras colocadas, Sudeste, Nordeste e Norte, respondem, respectivamente por 40,2%, 23% e 15,3% dos investimentos.

Os gastos com a cultura paranaenses aumentaram e os de Santa Catarina permaneceram estáveis, mas o que causou o mau resultado foi a queda de investimentos do Rio Grande do Sul, que representava 5,3% do investimento nacional e desta vez significou apenas 3,3%.

- Esses dados expressam os momentos pelos quais passam os Estados. Quanto se tem maior ou menor dificuldade, isso repercute inclusive na cultura - afirma a secretária adjunta da Cultura.

Nestes números, já estão embutidos os gastos da Lei de Incentivo à Cultura (LIC). Ou seja, a renúncia fiscal do Estado para a LIC é considerada orçamento da cultura, embora o direcionamento deste recurso seja determinado por empresas privadas. O montante que cabe ao Estado direcionar - o que de fato constituiria uma política cultural - é praticamente nulo.

Quantidade de empresas ligadas ao setor cresce
O levantamento do IBGE, o segundo desse tipo feito no Brasil, cruzou os dados de diversas outras pesquisas. Um dado positivo revelado foi que o número de empresas de cultura constituídas teve crescimento superior ao crescimento do número de empresas do país.

Aproximadamente 1,6 milhão de pessoas trabalham nas 321 mil empresas envolvidas com atividades culturais, e os salários do setor são em média 47,64% superiores ao salário médio registrado no país: R$ 1.565,74 contra R$ 1.060,48.


Fonte: www.zerohora.com.br

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